a Ferreira Gullar
a pureza dos nomes sujos
lava a honra
as desgraças da vida- flor sanativa
que nunca cauteriza.
Gritar:
Sou brasileiro!, é paliativo
quando quem primeiro come é outro idioma
e ninguém mais recebe
pedaços de sonho para sonhar.
Desigualdade!
Palavra mais feia nunca vi,
mas arde real nos ouvidos
no peito chiado de bronquite, haxixe e outros
desamores
coisa esquisita: mostrar educação
de lorde e
logo em seguida
levar na bunda um chute da pátria.
Melhor seria não ter nascido,
ter ficado sozinho em casa com o dedo
no gatilho
e a alma presa na descarga.
(Rogério Germani)
a pureza dos nomes sujos
lava a honra
as desgraças da vida- flor sanativa
que nunca cauteriza.
Gritar:
Sou brasileiro!, é paliativo
quando quem primeiro come é outro idioma
e ninguém mais recebe
pedaços de sonho para sonhar.
Desigualdade!
Palavra mais feia nunca vi,
mas arde real nos ouvidos
no peito chiado de bronquite, haxixe e outros
desamores
coisa esquisita: mostrar educação
de lorde e
logo em seguida
levar na bunda um chute da pátria.
Melhor seria não ter nascido,
ter ficado sozinho em casa com o dedo
no gatilho
e a alma presa na descarga.
(Rogério Germani)
Nenhum comentário:
Postar um comentário